Estava aqui a descascar um Ferrero Rocher, como quem descasca uma laranja, e a pensar que às vezes também me descasco. Ou me descascam. Às vezes sinto-me nua, descascada - como uma laranja prestes a ser comida. E com este frio, acreditem que me sinto mesmo nua, apesar de toda a roupa e todas as mantas que me envolvem.
Troquei as laranjas - por momentos - e deixei-me levar pelo chá de frutos silvestres (que nem sabia bem quais eram). O quente a queimar-me as mãos fez-me pensar em todas as coisas que estavam acontecer a minha volta. Chega a uma altura em que pensamos muito nas coisas, não é? Acho que sempre fui assim. Entrei neste ano cheia de ideias e com vontade de as pôr em prática e depois ficar feliz com os resultados. Espero que este ano arrume as laranjas, direitinhas. E que a minha árvore as torne mais docinhas. Vá, só as vezes. Assim como os Ferrero Rocher.
As laranjas não têm que fazer sempre sentido, nem eu. Nem ninguém.
#JeSuisCharlie
Ana Marisa
Um comentário:
como adoro as tuas laranjas, venham daí essas coisas novas para este ano novo :)
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