domingo, 16 de novembro de 2014

Larajas um tanto ao quanto trocadas





     Olho para o relógio e conto os minutos que faltam para serem X horas e penso no que estará acontecer do outro lado, a essa hora. Aqui deste lado toma-se chá e come-se rosegones. Não quero pensar nas laranjas de amanhã, vivo o sumo que cada uma me dá no presente. Amargo ou não. Mas dou por mim a pensar muito em como será estar na grande capital, presa no trânsito ou toda enlatada no metro - como a outra laranja deve estar. Eu aqui pela pequena cidade safo-me bem. A pé, principalmente. E gosto de ver as laranjeiras da faculdade - coisa que não deve haver aí (laranjeiras em faculdades, claro). As laranjas estão sempre no chão, tal é o entusiasmo do sítio. Mas aqui vive-se bem. Claro que se viveria melhor se as laranjas estivessem ordenadas e juntas - essencialmente juntas. Mas é assim, fora de laranjadas, nem sempre podemos ter quem gostamos por perto. Às vezes resta-nos imaginar como seria. O quão diferente e bom seria. Às vezes até me esqueço que não íamos tomar chá nem café juntos - já que não gostas destas 2 maravilhas - mas podíamos comer bolo de laranja, com calda. Daqueles que eu faço para os momentos importantes. Sem mel...

Ana Marisa 

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